sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ao voltar ao Brasil, Pearl Jam supera som baixo e pouco público no 1º show


O Pearl Jam completa neste ano duas décadas de história. Desde então, a banda de Seattle sempre se destacou pelas eletrizantes performances ao vivo. Na primeira apresentação da turnê comemorativa que passa pelo Brasil, nesta quinta-feira (3), não foi diferente – mas poderia ser muito melhor. Muito. Eddie Vedder e companhia foram prejudicados pelo som abafado e baixo que marcou a 1ª metade da apresentação. E também pela falta de público: grande parte das arquibancadas, principalmente a do fundo, estava vazia para este dia extra que foi marcado após os 68 mil ingressos do show desta sexta (4) terem se esgotado rapidamente. Segundo a organização, o público presente foi de 50 mil pessoas, mas a impressão era de bem menos.

O grupo subiu ao palco com 30 minutos de atraso e, durante 2h10, desfilou nada menos que 26 canções, de hits a covers. Conhecidos por nunca repetirem o mesmo set list, os integrantes foram do primeiro ao último álbum - “Ten” (1991) a “Backspacer” (2009) - logo no começo da abertura, que teve “Release”, “Courdoroy”, “Why go”,“Animal”, “Worldwide suicide” e “Got some”.

Ao final desta última, Vedder falou pela primeira vez com o público que enfrentava um forte frio. “Boa noite! E aí, galera? Estamos feliz por estar em São Paulo. Obrigado por nos chamar de volta. One question: vocês estão bem aí?”, perguntou em português. O “yes” do público foi a chama para o guitarrista Mike McCready mandar o riff de “Even flow”, um dos grandes sucessos da fase áurea do grunge. Uma pena que no meio da pistam se ouviam mais as conversas alheias do que o solo final do hit.

A primeira parte do show durou 1h10 e ainda teve “Daughter”, "Whipping”, “Save you”, “Do the evolution” e a nova “Olé”. Uma curiosidade: os telões do palco simples, decorado apenas com umas bandeirolas de gosto duvidoso, até então apenas exibiam as imagens do quinteto em preto e branco - após "Black" elas surgiram coloridas.

No retorno para o primeiro bis o som estava melhor, mas ainda baixo. Após “Just breathe”, o vocalista comentou que na primeira vez que esteve no Brasil, há 10 anos, foi acompanhado dos Ramones. Foi a deixa para dedicar “Come back” a Johnny Ramone e emendar com um cover da banda nova-iorquina de punk rock, “I believe in miracles”.

Às 22h45, nova pausa. Daí pra frente só teve clássico (mas sem "Jeremy"): “Alive”, “Black”, “Better man” e “Rockin’ in the free world”, de Neil Young - executada com tamanha perfeição que já pode ser do Pearl Jam-, foram as escolhidas para encerrar o show de uma ótima banda ao vivo, cujos integrantes tocam, cantam e pulam igual aos meninos de camisa flanela e visual desleixado de 20 anos atrás.

Confira o set list:

“Release”
“Cordouroy”
“Why go”
“Animal”
“Worldwide suicide”
“Got some”
“Even flow”
“Unthought known”
“Whipping”
“Daughter”
“Olé”
“Down”
“Save you”
“The fixer”
“Do the evolution”
“Porch”
“Elderly woman behind the counter in a small town”
“Just breathe”
“Come back”
“I believe in miracles” (cover do Ramones)
“Alive”
“Comatose”
“Black”
“Better man”
“Rearviewmirror”
“Rockin' in the free world” (cover de Neil Young)

Pearl Jam no Brasil

São Paulo
Dia 4 de novembro (esgotado).
Ingressos entre R$ 190 e R$ 380.
Local: Estádio do Morumbi – Praça Roberto Gomes Pedrosa, nº 1, Morumbi.
Abertura dos portões: 16h
Início dos shows: 20h45

Rio de Janeiro
Dia: 6 de novembro (esgotado).
Local: Praça da Apoteose – Rua Marques de Sapucaí , s/nº, Centro.
Abertura dos portões: 16h

Curitiba
9 de novembro de 11
Ingressos entre R$ 100 e R$ 300.
Local: Estádio do Paraná Clube – Rua Engenheiros Rebouças, s/nº, Jardim Botânico. Única apresentação: 09/11/2011
Abertura dos portões: 17h

Porto Alegre
Dia 11 de novembro
Ingressos entre R$ 150 e R$ 200.
Local: Estádio do Zequinha – Av. Assis Brasil, 1200.
Abertura dos portões: 17h

FONTE: Gustavo Miller
Do G1, em São Paulo


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